segunda-feira, 21 de setembro de 2015

MERCOSUL- OBJETIVOS

Queridos (as) alunos (as)! No estudo da disciplina de Geografia, faz-se necessário, além do conteúdo geográfico, saber interpretar as questões relacionadas aos diferentes temas abordados. Nesse sentido, gostaria de frisar a importância da leitura no que se refere ao desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem. Por esse motivo gostaria de exemplificar analisando a seguinte questão:

1-                 Nos anos 90, os projetos de integração regional e formação de blocos econômicos passam a ser uma realidade. Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai formam, a partir de 1° de janeiro de 1995, uma zona de livre comércio – o Mercosul. Sobre este bloco regional, podemos afirmar:
I - o Mercosul procura estabelecer políticas comuns que permitam a livre circulação, entre países membros, de bens, capitais, serviços e trabalhadores.
II - a abertura econômica surgida com o Mercosul determinou uma reestruturação industrial e a adoção de novas estratégias de produção em razão da formação de um novo mercado de mais de 200 milhões de consumidores.
III - a desvalorização do real em relação ao dólar promoveu uma mudança nos fluxos comerciais entre Brasil e Argentina.
Está(ão) correta(s):
a) apenas a afirmativa I.
b) apenas a afirmativa III.
c) as afirmativas I e II.
d) as afirmativas II e III.

e) as afirmativas I, II e III.

Todas as questões estão corretas:
I- Apesar do Mercosul ainda estar no segundo estágio (União Aduaneira), esse é o principal OBJETIVO da criação do bloco.
II- Essa é uma exigência da globalização em prol da eficiência.
III- A desvalorização do real aumentou as tensões econômicas entre Brasil e Argentina.

PARA ENTENDER A QUESTÃO:
Leia atentamente o texto abaixo no que diz respeito aos objetivos do Mercosul e relacione com o atual estágio em que se encontra.

Objetivos do Mercosul



Trabalho elaborado por José Everaldo Ramalho - CNE lotado na Comissão do Mercosul

O Mercosul é um processo de integração econômica regional que objetiva a construção de um Mercado Comum, e as suas metas básicas, que constam do artigo 1º do Tratado de Assunção, podem ser assim alinhadas:
3.1 - eliminação das barreiras tarifárias e não-tarifárias no comércio entre os países membros; 
3.2 - adoção de uma Tarifa Externa Comum (TEC); 
3.3 - coordenação de políticas macroeconômicas; 
3.4 - livre comércio de serviços; 
3.5 - livre circulação de mão-de-obra; e 
3.6 - livre circulação de capitais.

A partir do quarto ano de sua existência, ou seja, em 1994, o Mercosul alcançou a condição de União Aduaneira, pois criou uma Tarifa Externa Comum (TEC) após haver eliminado grande parte das tarifas e das restrições não-tarifárias de cerca de 80% dos bens comercializados entre os Estados Partes. 
Em resumo, no estágio de União Aduaneira, os países membros estabelecem tarifas zero para o comércio intrazona e tarifas iguais para o intercâmbio comercial com terceiros países.

Em geral, os acordos de livre comércio prevêem a perspectiva de exclusão de certos produtos ou grupos de produtos, ao menos em suas fases iniciais, e os estudos efetivados pelo GATT (General Agreement on Tariffs and Trade), organização hoje transformada na OMC (Organização Mundial do Comércio), consideravam que uma Zona de Livre Comércio devia abarcar pelo menos 80% dos produtos comercializados entre os seus países membros. 
Assim, o Mercosul já é uma União Aduaneira, porque além da eliminação interna de barreiras tarifárias e de restrições não-tarifárias, adotou uma Tarifa Externa Comum, o que significa que todos os países membros têm de cobrar a mesma tarifa para um mesmo produto, quando essa mercadoria for importada de fora da zona econômica integrada de comércio. 
Enfim, o Mercosul cumpriu, até agora, os seus dois primeiros objetivos, ainda que de forma parcial: 
[...]  No entanto, para alcançar o estágio de Mercado Comum, o Mercosul ainda terá que concretizar quatro objetivos de grande envergadura, quais sejam: a coordenação de políticas macroeconômicas, a liberalização do comércio de serviços, a livre circulação de mão-de-obra e a de capitais. [...]

Continue lendo: CÂMARA DOS DEPUTADOS

domingo, 20 de setembro de 2015

ENEM 2015: GEOGRAFIA

Queridos (as) alunos (as)! É o que eu sempre digo, uma das características mais significativas do ENEM é a contextualização, ou seja, várias disciplinas interligadas num mesmo tópico. 
A disciplina de Geografia busca compreender as transformações dos espaços geográficos a partir das relações socioeconômicas e culturais de poder. 
Quando se afirma que a Geografia é o estudo das transformações ocorridas no espaço geográfico, está implícita a ideia de que esse mesmo espaço geográfico é também, consequência do processo histórico. Nesse sentido, faz-se o uso dos conhecimentos históricos, sociológicos e filosóficos, no que se refere a vida humana e as suas múltiplas facetas.
Como compreender a dinâmica geográfica?
A) Analisar a ação dos estados nacionais no que se refere à dinâmica dos fluxos populacionais e no enfrentamento de problemas de ordem econômico-social. 
B) Reconhecer a dinâmica da organização dos movimentos sociais e a importância da participação da coletividade na transformação da realidade histórico-geográfica.
C)    Interpretar diferentes representações gráficas e cartográficas dos espaços geográficos. 
D)    Identificar os significados histórico-geográficos das relações de poder entre as nações. 
E)  Comparar o significado histórico-geográfico das organizações políticas e socioeconômicas em escala local, regional ou mundial. 

Outro ponto muito importante, é compreender que a Geografia por ser uma disciplina que estuda as transformações do espaço geográfico, incluindo questões de atualidades, é imprescindível fazer uso da palavra GLOBALIZAÇÃO em todos os conteúdos evidenciados ao longo dos anos. Isto porque, globalização não é apenas um conceito, mas faz parte de um contexto histórico que vivenciamos cotidianamente nos diversos meios de comunicação. Pode-se usar outras denominações como por exemplo: interligação entre países, dependência entre nações (a partir do comércio), entre outros. Hoje mais do nunca vivemos em uma crise mundial, nenhum país está protegido. Tudo graças a globalização de informações, bens e serviços, facilitada pelas redes virtuais. 

Como estudar Geografia para o ENEM? 
1- Usar como espinha dorsal o livro didático. Mas, ATENÇÃO, apenas como suporte de pesquisa. A geografia é muito dinâmica, engana-se quem acha que decorar conceitos já é o suficiente para ter sucesso em uma prova. É de suma importância a pesquisa em diversos sites (oficiais) e de confiança. O mundo muda muito rapidamente e a Geografia muda junto!
2- Estar atento às informações em âmbito local, regional e mundial.
3- A partir das informações buscar conhecer o processo histórico de um fato ocorrido.
4- Relacionar conteúdos geográficos com outras áreas do conhecimento.
5- Leitura de jornais, revistas e livros, pois acelera o processo de aprendizagem, facilitando a interpretação de questões mais complexas, incluindo palavras desconhecidas.






REVOLUÇÃO FARROUPILHA

REVOLUÇÃO FARROUPILHA:
A Revolução Farroupilha ou Guerra dos Farrapos eclodiu no Rio Grande do Sul entre os anos de 1835 e 1845. Foi liderada pela classe dominante gaúcha, formada por fazendeiros de gado, que usou as camadas pobres da população como massa de apoio no processo de luta.

CAUSAS:
Em meados de 1821 o governo central passou a impor a cobrança de taxas pesadas sobre os produtos rio-grandenses, como graxa, charque, couros, sebo, erva-mate, etc. 
No início da década de 1930, o governo aliou a cobrança de uma taxa extorsiva sobre o charque gaúcho a incentivos para a importação do importado do Prata. 
Concomitante a isso aumentou a taxa de importação do sal, insumo básico para a fabricação do produto. Além disso, se as tropas que lutavam nas guerras eram gaúchas, seus comandantes vinham do centro do país. Nesse contexto, foi grande a revolta da elite rio-grandense.


Em 20 de setembro de 1835, os rebeldes tomam Porto Alegre, obrigando o presidente da província, Fernandes Braga, a fugir para Rio Grande. Bento Gonçalves, que planejou o ataque, empossou no cargo o vice, Marciano Ribeiro. O governo imperial nomeou José de Araújo Ribeiro para o lugar de Fernandes Braga, mas este nome não agradou os farroupilhas (o principal objetivo da revolta era a nomeação de um presidente que defendesse os interesses rio-grandenses), e estes decidiram prorrogar o mandato de Marciano Ribeiro até 9 de dezembro. Araújo Ribeiro, então, decidiu partir para Rio Grande e tomou posse no Conselho Municipal da cidade portuária. Bento Manoel, um dos líderes do 20 de setembro, decidiu apoiá-lo e rompeu com os farroupilhas.
Bento Gonçalves então decidiu conciliar. Convidou Araújo Ribeiro a tomar posse em Porto Alegre, mas este recusou. Com a ajuda de Bento Manoel, Araújo conseguiu a adesão de outros líderes militares, como Osório. Em 3 de março de 1936, o governo ordena a transferência das repartições para Rio Grande: é o sinal da ruptura. Em represália, os farroupilhas prendem em Pelotas o conceituado major Manuel Marques de Souza, levando-o para Porto Alegre e confinando-o no navio-prisão Presiganga, ancorado no Guaíba.
Os imperiais passaram a planejar a retomada de Porto Alegre, o que ocorreu em 15 de julho. O tenente Henrique Mosye, preso no 8º BC, em Porto Alegre, subornou a guarda e libertou 30 soldados. Este grupo tomou importantes pontos da cidade e libertou Marques de Souza e outros oficiais presos no Presiganga. Marciano Ribeiro foi preso e em seu lugar foi posto o marechal João de Deus Menna Barreto. Bento Gonçalves tentou reconquistar a cidade duas semanas depois, mas foi batido. Entre 1836 e 1840 Porto Alegre sofreu 1.283 dias de sítio, mas nunca mais os farrapos conseguiriam tomá-la.
Em 9 de setembro de 1836 os farrapos, comandados pelo General Netto, impuseram uma violenta derrota ao coronel João da Silva Tavares no Arroio Seival, próximo a Bagé. Empolgados pela grande vitória, os chefes farrapos no local decidiram, em virtude do impasse político em que o conflito havia chegado, pela proclamação da República Rio-Grandense. O movimento deixava de ter um caráter corretivo e passava ao nível separatista.
Fonte: SÓ HISTÓRIA (ADAPTADO)




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