sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Estudando a História

O HISTORIANET esta desenvolvendo um conjunto de atividades com o intuito de dar suporte a estudantes e aos interessados no conhecimento histórico.
Essas atividades são presenciais, para cidades da Grande São Paulo, e não estão disponíveis pela Internet.

Preparação para Vestibular: Principalmente para os vestibulares que exigem reflexão e análise crítica da história. Ênfase em história comparada e temas atuais. Recomendado principalmente para vestibulandos que farão provas escritas de história. Trabalho de interpretação e elaboração de texto
(individual ou em grupo)

Estudo Dirigido: Para grupos de estudantes (de 3 a 5), com o objetivo de desenvolver temas específicos, a partir de análise de textos e discussão.
Trabalho com temas de interesse do grupo, que podem coincidir com a matéria do ensino médio ou de provas, e orienta o processo de formação do conhecimento.

Historia Atual: Retrospectiva através da leitura de jornais, para estudantes e profissionais que necessitam conhecer as tendências nacionais e internacionais, para rápida tomada de decisões. Destaca os principais acontecimentos no Brasil e no mundo, suas origens e suas implicações na sociedade e no mercado de trabalho.

Aulas Particulares: Para estudantes do ensino médio que se preparam para provas especificas ou de recuperação em suas escolas. Análise das provas já realizadas, orientação de estudo, fichas resumo. (individual)

Acompanhamento: Para estudantes que possuem dificuldade em compreender a historia, com ênfase em método de estudo. Retoma os conceitos básicos utilizados na história; orienta o estudante a partir dos materiais utilizados pelos professores na escola, com fichas resumos, exercícios de fixação e interpretação de textos. (individual)

Para saber mais entre em contato -- estude@historianet.com.br

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Natgeo - Zonas de Guerra - Coréia do Norte




Além de ser obrigado a se desfazer de seu celular, GPS e até do jornal, Diego Buñel ainda precisa fingir que é ator para poder entrar na Coréia do Norte. Cada passo seu é monitorado por dois observadores, que o seguem aonde quer que ele vá.
Começando pela capital Pyongyang, Diego hospeda-se em um hotel construído numa ilha. Lá, os visitantes são impedidos de fazer contato com os locais e todos os quartos têm escuta telefônica.
Quando vai a uma missa na cidade, Diego descobre que não há padres ordenados na Coréia do Norte: a missa é celebrada por membros do partido. Diego também visita um parque de diversões onde as crianças têm a oportunidade de "acabar com o imperialismo americano" através de um jogo.
Ao aventurar-se até o maior estádio do mundo, Diego assiste a um espetáculo onde 100 mil dançarinos celebram os 60 anos de ditadura. Enquanto a cerimônia passa uma imagem de felicidade e união, o quadro não é tão pitoresco no interior do país.
Os efeitos da pobreza, da fome e da opressão deixaram marcas profundas nos rostos das pessoas e na paisagem. Mesmo em Pyogyang, os sinais da repressão se fazem presentes.
A contar pelo número de danças que se pode encenar (de 5 a 7, de acordo com um membro do partido), até as imagens de Kim Jung Il, que estão por toda parte.

A história da Coreia do Norte

A história da Coreia do Norte começa quando acaba a Segunda Guerra Mundial, em 1945. Neste ano os japoneses foram expulsos da península coreana e forças soviéticas e estadunidenses ocuparam a área. Os soviéticos estabeleceram-se ao norte do paralelo 38 e os estadunidenses ao sul. Formaram-se dois países divididos que reclamavam o direito sobre toda a península, cada um proclamando ser o legítimo representante do povo coreano.
A paz se mantinha fragilmente e em 25 de junho de 1950 a Coréia do Norte invadiu a Coréia do Sul e deu início a uma grande guerra, envolvendo China e União Soviética de um lado e os EUA do outro. Em 27 de julho de 1953 foi assinado um armistício entre o comandante do exército norte-coreano e um representante da ONU, criando uma zona desmilitarizada entre os dois países.
Um regime de partido único tal qual o soviético foi implantado no país e tem sido assim até hoje. A Coréia do Norte apresentava bons índices de desenvolvimento econômico e industrial durante todo o terceiro quarto do século XX, graças à ajuda da URSS e ao cenário econômico mundial, mas a partir da crise do petróleo que surgiu nos anos 1970 o país sucumbiu diante da modernização tecnológica e econômica dos países capitalistas e não mais conseguiu se reerguer. Hoje depende freqüentemente de ajuda humanitária e apresentou, em 1995, um IDH com o Coeficiente de Gini no valor de 0.766, similar ao da China nos dias atuais, e superior ao IDH do Brasil na época. Mas o país, que passa por crises sociais graves busca acordos multilaterais para se re-erguer.
Em 1994 morreu Kim Il-sung, que governara o país desde 1948. Seu filho, Kim Jong-il, assumiu o comando do partido dos trabalhadores norte-coreano em 1997, e seguindo a linha do pai, opõe-se à abertura econômica do país, inflando gastos com o setor militar, possivelmente para barganhar algo dos inimigos políticos.

Da divisão à Guerra da Coréia

O comitê provisório popular da Coréia do Norte exerce as funções de governo provisório. A lei sobre a reforma agrária de 5 de março de 1946 aboliu a propriedade feudal. A lei de 10 de agosto de 1946 nacionalisou as grandes indústrias, os bancos, os transportes e as telecomunicações. O premeiro código do trabalho foi estabelecido pela lei de 24 de junho de 1946 e a lei de 30 de julho de 1946 proclamou a igualdade dos sexos. Uma campanha de alfabetisação foi iniciada em 1945.
A divisão da Coréia, desde a capitulação japonesa em 1945, estabeleceu os soldados soviéticos e americanos em partes diferentes divididos pelo trigésimo oitavo paralelo, ao final de 1948. Ao sul, os Estados Unidos colocaram em prática uma administração militar direta, e uma organisação de eleições em 10 de maio de 1948 que conduziu à proclamação da República da Coréia em 15 de agosto de 1948.
Depois da Pyongyang de uma conferência reunindo as organizações da Coréia do Norte e do Sul em abril de 1948, as eleições legislativas (organisadas clandestinamente ao Sul) são feitas em 25 de agosto de 1948. Em 9 de setembro de 1948, a Assembléia popular proclama a República popular democratica da Coréia à Pyongyang. SAIBA MAIS: Portal São Francisco.

TV estatal mostra coreanos chorando durante funeral do ditador Kim Jong-il

Em um dos países mais fechados do mundo, conhecido pela precisão coreografada dos desfiles militares, é difícil avaliar a sinceridade das manifestações.

Começaram nesta quarta-feira (28) as cerimônias do funeral do ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-il, que morreu na semana passada. A TV estatal voltou a exibir as cenas de choro e de desespero da população.
Pelas ruas cobertas de neve, um retrato gigante do ex-ditador. Durante a passagem do cortejo os lamentos eram ouvidos de longe. Nas imagens divulgadas pela televisão estatal – a única com permissão para registrar o funeral – centenas de soldados e civis em um choro desesperado.
Os seguranças aparecem contendo a população, em uma espécie de histeria coletiva pela morte de Kim Jong-il, que comandou o país por 17 anos em um regime totalitário baseado no culto à personalidade e no terror.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

A verdadeira história do Natal

A humanidade comemora essa data desde bem antes do nascimento de Jesus. Conheça o bolo de tradições que deram origem à Noite Feliz.

Thiago Minami e Alexandre Versignassi
Roma, século 2, dia 25 de dezembro. A população está em festa, em homenagem ao nascimento daquele que veio para trazer benevolência, sabedoria e solidariedade aos homens. Cultos religiosos celebram o ícone, nessa que é a data mais sagrada do ano. Enquanto isso, as famílias apreciam os presentes trocados dias antes e se recuperam de uma longa comilança.

Mas não. Essa comemoração não é o Natal. Trata-se de uma homenagem à data de "nascimento" do deus persa Mitra, que representa a luz e, ao longo do século 2, tornou-se uma das divindades mais respeitadas entre os romanos. Qualquer semelhança com o feriado cristão, no entanto, não é mera coincidência.
A história do Natal começa, na verdade, pelo menos 7 mil anos antes do nascimento de Jesus. É tão antiga quanto a civilização e tem um motivo bem prático: celebrar o solstício de inverno, a noite mais longa do ano no hemisfério norte, que acontece no final de dezembro. Dessa madrugada em diante, o sol fica cada vez mais tempo no céu, até o auge do verão. É o ponto de virada das trevas para luz: o "renascimento" do Sol. Num tempo em que o homem deixava de ser um caçador errante e começava a dominar a agricultura, a volta dos dias mais longos significava a certeza de colheitas no ano seguinte. E então era só festa. Na Mesopotâmia, a celebração durava 12 dias. Já os gregos aproveitavam o solstício para cultuar Dionísio, o deus do vinho e da vida mansa, enquanto os egípcios relembravam a passagem do deus Osíris para o mundo dos mortos. Na China, as homenagens eram (e ainda são) para o símbolo do yin-yang, que representa a harmonia da natureza. Até povos antigos da Grã-Bretanha, mais primitivos que seus contemporâneos do Oriente, comemoravam: o forrobodó era em volta de Stonehenge, monumento que começou a ser erguido em 3100 a.C. para marcar a trajetória do Sol ao longo do ano.
A comemoração em Roma, então, era só mais um reflexo de tudo isso. Cultuar Mitra, o deus da luz, no 25 de dezembro era nada mais do que festejar o velho solstício de inverno - pelo calendário atual, diferente daquele dos romanos, o fenômeno na verdade acontece no dia 20 ou 21, dependendo do ano. Seja como for, esse culto é o que daria origem ao nosso Natal. Ele chegou à Europa lá pelo século 4 a.C., quando Alexandre, o Grande, conquistou o Oriente Médio. Centenas de anos depois, soldados romanos viraram devotos da divindade. E ela foi parar no centro do Império.
Mitra, então, ganhou uma celebração exclusiva: o Festival do Sol Invicto. Esse evento passou a fechar outra farra dedicada ao solstício. Era a Saturnália, que durava uma semana e servia para homenagear Saturno, senhor da agricultura. "O ponto inicial dessa comemoração eram os sacrifícios ao deus. Enquanto isso, dentro das casas, todos se felicitavam, comiam e trocavam presentes", dizem os historiadores Mary Beard e John North no livro Religions of Rome ("Religiões de Roma", sem tradução para o português). Os mais animados se entregavam a orgias - mas isso os romanos faziam o tempo todo. Bom, enquanto isso, uma religião nanica que não dava bola para essas coisas crescia em Roma: o cristianismo.

As datas religiosas mais importantes para os primeiros seguidores de Jesus só tinham a ver com o martírio dele: a Sexta-Feira Santa (crucificação) e a Páscoa (ressurreição). O costume, afinal, era lembrar apenas a morte de personagens importantes. Líderes da Igreja achavam que não fazia sentido comemorar o nascimento de um santo ou de um mártir - já que ele só se torna uma coisa ou outra depois de morrer. Sem falar que ninguém fazia idéia da data em que Cristo veio ao mundo - o Novo Testamento não diz nada a respeito. Só que tinha uma coisa: os fiéis de Roma queriam arranjar algo para fazer frente às comemorações pelo solstício. E colocar uma celebração cristã bem nessa época viria a calhar - principalmente para os chefes da Igreja, que teriam mais facilidade em amealhar novos fiéis. Aí, em 221 d.C., o historiador cristão Sextus Julius Africanus teve a sacada: cravou o aniversário de Jesus no dia 25 de dezembro, nascimento de Mitra. A Igreja aceitou a proposta e, a partir do século 4, quando o cristianismo virou a religião oficial do Império, o Festival do Sol Invicto começou a mudar de homenageado. "Associado ao deus-sol, Jesus assumiu a forma da luz que traria a salvação para a humanidade", diz o historiador Pedro Paulo Funari, da Unicamp. Assim, a invenção católica herdava tradições anteriores. "Ao contrário do que se pensa, os cristãos nem sempre destruíam as outras percepções de mundo como rolos compressores. Nesse caso, o que ocorreu foi uma troca cultural", afirma outro historiador especialista em Antiguidade, André Chevitarese, da UFRJ.
Não dá para dizer ao certo como eram os primeiros Natais cristãos, mas é fato que hábitos como a troca de presentes e as refeições suntuosas permaneceram. E a coisa não parou por aí. Ao longo da Idade Média, enquanto missionários espalhavam o cristianismo pela Europa, costumes de outros povos foram entrando para a tradição natalina. A que deixou um legado mais forte foi o Yule, a festa que os nórdicos faziam em homenagem ao solstício. O presunto da ceia, a decoração toda colorida das casas e a árvore de Natal vêm de lá. Só isso.
Outra contribuição do norte foi a idéia de um ser sobrenatural que dá presentes para as criancinhas durante o Yule. Em algumas tradições escandinavas, era (e ainda é) um gnomo quem cumpre esse papel. Mas essa figura logo ganharia traços mais humanos.

Nasce o Papai Noel
Ásia Menor, século 4. Três moças da cidade de Myra (onde hoje fica a Turquia) estavam na pior. O pai delas não tinha um gato para puxar pelo rabo, e as garotas só viam um jeito de sair da miséria: entrar para o ramo da prostituição. Foi então que, numa noite de inverno, um homem misterioso jogou um saquinho cheio de ouro pela janela (alguns dizem que foi pela chaminé) e sumiu. Na noite seguinte, atirou outro; depois, mais outro. Um para cada moça. Aí as meninas usaram o ouro como dotes de casamento - não dava para arranjar um bom marido na época sem pagar por isso. E viveram felizes para sempre, sem o fantasma de entrar para a vida, digamos, "profissional". Tudo graças ao sujeito dos saquinhos. O nome dele? Papai Noel.
Bom, mais ou menos. O tal benfeitor era um homem de carne e osso conhecido como Nicolau de Myra, o bispo da cidade. Não existem registros históricos sobre a vida dele, mas lenda é o que não falta. Nicolau seria um ricaço que passou a vida dando presentes para os pobres. Histórias sobre a generosidade do bispo, como essa das moças que escaparam do bordel, ganharam status de mito. Logo atribuíram toda sorte de milagres a ele. E um século após sua morte, o bispo foi canonizado pela Igreja Católica. Virou são Nicolau.
Um santo multiuso: padroeiro das crianças, dos mercadores e dos marinheiros, que levaram sua fama de bonzinho para todos os cantos do Velho Continente. Na Rússia e na Grécia Nicolau virou o santo nº1, a Nossa Senhora Aparecida deles. No resto da Europa, a imagem benevolente do bispo de Myra se fundiu com as tradições do Natal. E ele virou o presenteador oficial da data. Na Grã-Bretanha, passaram a chamá-lo de Father Christmas (Papai Natal). Os franceses cunharam Pére Nöel, que quer dizer a mesma coisa e deu origem ao nome que usamos aqui. Na Holanda, o santo Nicolau teve o nome encurtado para Sinterklaas. E o povo dos Países Baixos levou essa versão para a colônia holandesa de Nova Amsterdã (atual Nova York) no século 17 - daí o Santa Claus que os ianques adotariam depois. Assim o Natal que a gente conhece ia ganhando o mundo, mas nem todos gostaram da idéia.

Natal fora-da-lei
Inglaterra, década de 1640. Em meio a uma sangrenta guerra civil, o rei Charles 1º digladiava com os cristãos puritanos - os filhotes mais radicais da Reforma Protestante, que dividiu o cristianismo em várias facções no século 16.
Os puritanos queriam quebrar todos os laços que outras igrejas protestantes, como a anglicana, dos nobres ingleses, ainda mantinham com o catolicismo. A idéia de comemorar o Natal, veja só, era um desses laços. Então precisava ser extirpada.
Primeiro, eles tentaram mudar o nome da data de "Christmas" (Christ's mass, ou Missa de Cristo) para Christide (Tempo de Cristo) - já que "missa" é um termo católico. Não satisfeitos, decidiram extinguir o Natal numa canetada: em 1645, o Parlamento, de maioria puritana, proibiu as comemorações pelo nascimento de Cristo. As justificativas eram que, além de não estar mencionada na Bíblia, a festa ainda dava início a 12 dias de gula, preguiça e mais um punhado de outros pecados.
A população não quis nem saber e continuou a cair na gandaia às escondidas. Em 1649, Charles 1º foi executado e o líder do exército puritano Oliver Cromwell assumiu o poder. As intrigas sobre a comemoração se acirraram, e chegaram a pancadaria e repressões violentas. A situação, no entanto, durou pouco. Em 1658 Cromwell morreu e a restauração da monarquia trouxe a festa de volta. Mas o Natal não estava completamente a salvo. Alguns puritanos do outro lado do oceano logo proibiriam a comemoração em suas bandas. Foi na então colônia inglesa de Boston, onde festejar o 25 de dezembro virou uma prática ilegal entre 1659 e 1681. O lugar que se tornaria os EUA, afinal, tinha sido colonizado por puritanos ainda mais linha-dura que os seguidores de Cromwell. Tanto que o Natal só virou feriado nacional por lá em 1870, quando uma nova realidade já falava mais alto que cismas religiosas.

Tio Patinhas
Londres, 1846, auge da Revolução Industrial. O rico Ebenezer Scrooge passa seus Natais sozinho e quer que os pobres se explodam "para acabar com o crescimento da população", dizia. Mas aí ele recebe a visita de 3 espíritos que representam o Natal. Eles lhe ensinam que essa é a data para esquecer diferenças sociais, abrir o coração, compartilhar riquezas. E o pão-duro se transforma num homem generoso.
Eis o enredo de Um Conto de Natal, do britânico Charles Dickens. O escritor vivia em uma Londres caótica, suja e superpopulada - o número de habitantes tinha saltado de 1 milhão para 2,3 milhões na 1a metade do século 19. Dickens, então, carregou nas tintas para evocar o Natal como um momento de redenção contra esse estresse todo, um intervalo de fraternidade em meio à competição do capitalismo industrial. Depois, inúmeros escritores seguiram a mesma linha - o nome original do Tio Patinhas, por exemplo, é Uncle Scrooge, e a primeira história do pato avarento, feita em 1947, faz paródia a Um Conto de Natal. Tudo isso, no fim das contas, consolidou a imagem do "espírito natalino" que hoje retumba na mídia. Quer dizer: quando começar o próximo especial de Natal da Xuxa, pode ter certeza de que o fantasma de Dickens vai estar ali.
Outra contribuição da Revolução Industrial, bem mais óbvia, foi a produção em massa. Ela turbinou a indústria dos presentes, fez nascer a publicidade natalina e acabou transformando o bispo Nicolau no garoto-propaganda mais requisitado do planeta. Até meados do século 19, a imagem mais comum dele era a de um bispo mesmo, com manto vermelho e mitra - aquele chapéu comprido que as autoridades católicas usam. Para se enquadrar nos novos tempos, então, o homem passou por uma plástica. O cirurgião foi o desenhista americano Thomas Nast, que em 1862, tirou as referências religiosas, adicionou uns quilinhos a mais, remodelou o figurino vermelho e estabeleceu a residência dele no Pólo Norte - para que o velhinho não pertencesse a país nenhum. Nascia o Papai Noel de hoje. Mas a figura do bom velhinho só bombaria mesmo no mundo todo depois de 1931, quando ele virou estrela de uma série de anúncios da Coca-Cola. A campanha foi sucesso imediato. Tão grande que, nas décadas seguintes, o gorducho se tornou a coisa mais associada ao Natal. Mais até que o verdadeiro homenageado da comemoração. Ele mesmo: o Sol. 

domingo, 25 de dezembro de 2011

Jerusalém - Cidade Velha

Esta vista que podemos comtemplar é de sobre o Monte das Oliveiras. Podemos contemplar a cidade velha, a grande muralha, a Porta Dourada (porta fechada), a esplanada das mesquitas (domo da rocha) ou esplanada do templo, a mesquita de Omar e a 3º mais sagrada mesquita do mundo islâmico.

As Muralhas de Jerusalém

O nascimento de Jesus

Este episódio está presente em:

Leia todos os textos deste episódio:

Mateus 1

18 Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Estando Maria, sua mãe, desposada com José, antes de se ajuntarem, ela se achou ter concebido do Espírito Santo.
19 E como José, seu esposo, era justo, e não a queria infamar, intentou deixá-la secretamente.
20 E, projetando ele isso, eis que em sonho lhe apareceu um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber a Maria, tua mulher, pois o que nela se gerou é do Espírito Santo;
21 ela dará à luz um filho, a quem chamarás JESUS; porque ele salvará o seu povo dos seus pecados.
22 Ora, tudo isso aconteceu para que se cumprisse o que fora dito da parte do Senhor pelo profeta:
23 Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, o qual será chamado EMANUEL, que traduzido é: Deus conosco.
24 E José, tendo despertado do sono, fez como o anjo do Senhor lhe ordenara, e recebeu sua mulher;
25 e não a conheceu enquanto ela não deu à luz um filho; e pôs-lhe o nome de JESUS.

Lucas 2

1 Naqueles dias saiu um decreto da parte de César Augusto, para que todo o mundo fosse recenseado.
2 Este primeiro recenseamento foi feito quando Quirínio era governador da Síria.
3 E todos iam alistar-se, cada um à sua própria cidade.
4 Subiu também José, da Galiléia, da cidade de Nazaré, à cidade de Davi, chamada Belém, porque era da casa e família de Davi,
5 a fim de alistar-se com Maria, sua esposa, que estava grávida.
6 Enquanto estavam ali, chegou o tempo em que ela havia de dar à luz,
7 e teve a seu filho primogênito; envolveu-o em faixas e o deitou em uma manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem.
Leia os Capítulos Completos
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quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

O Enigma das Catedrais Góticas




Contexto e primeiros passos
Os séculos XI e XII são séculos de mudanças sociais, políticas e econômicas que em muito vão fazer despoletar as necessidades de uma expressão artística mais adequada às novas premissas sociais.
O comércio está em expansão e a Flandres, como centro das grandes transações comerciais, leva ao desenvolvimento das comunicações e rotas entre os diversos povos e reduz as distâncias entre si, facilitando não só o comércio de bens físicos, como também a troca de ideais estéticos entre os países. A economia prospera e nasce um novo mundo cosmopolita que se alimenta do turbilhão das cidades em crescimento e participa de um movimento intelectual em ascensão.
Paralelamente assiste-se ao crescimento do poder político representado pelo monarca e à solidificação do Estado unificado, poderosa entidade que vai aspirar a algo que lhe devolva a dignidade e a glória de outros tempos e que ajude a nação a apoiar a imagem do soberano .
A igreja, por seu lado, vai compreender que os fiéis se concentram nas cidades e vai deixar de estar tão ligada à comunidade monástica, virando-se agora para o projecto do que será o local por excelência do culto religioso, a catedral. Ao contrário da construção humilde e empírica do românico, a construção religiosa gótica abre portas a um espaço público de ensinamento da história bíblica, de grandiosidade, símbolo da glória de Deus e da igreja, símbolo do poder económico da burguesia, do estado e de todos os que financiaram a elevação do emblema citadino. SAIBA MAIS:

A Origem do Natal | Como surgiu o Natal? A História do Natal

A Origem do Natal Como surgiu o Natal? A História do Natal

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Brasil tem 11,42 milhões vivendo em moradias irregulares

O Brasil tinha 11,42 milhões de pessoas morando em favelas, palafitas ou outros assentamentos irregulares em 2010. O número corresponde a 6% da população do País e consta do estudo Aglomerados Subnormais, realizado com dados do último Censo e divulgado hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A comparação com levantamento realizado há vinte anos indica que quase dobrou no período a proporção de brasileiros que moram nessas áreas, em condições precárias. Em 1991, 4,48 milhões de pessoas (3,1% da população) viviam em assentamentos irregulares, número que aumentou para 6,53 milhões (3,9%) no Censo de 2000.
O IBGE ressalva que, apesar de o conceito de aglomerado subnormal ter permanecido o mesmo desde 1991, foram adotadas inovações metodológicas e operacionais no Censo 2010 e que, por isso, a comparação dos dados "não é recomendada". O objetivo da mudança, segundo o instituto, foi aprimorar a identificação de favelas. Entre as inovações adotadas em 2010, houve o uso de imagens de satélite de alta resolução e a realização de uma pesquisa específica para melhorar a informação territorial.
Ao todo, foram identificados 6.329 aglomerados subnormais em 323 municípios do País. Trata-se de um fenômeno majoritariamente metropolitano - 88,2% dos domicílios em favelas estavam concentrados em regiões com mais de 1 milhão de habitantes. As regiões metropolitanas de São Paulo, Rio e Belém somadas concentravam quase a
metade (43,7%) do total de domicílios em assentamentos irregulares do País. Mapas preparados pelo IBGE mostram grande diferença na distribuição desse tipo de moradia. Em São Paulo, por exemplo, predominam áreas de pequeno porte e concentradas na periferia, ao contrário do Rio, onde há um espalhamento maior pelo território.
SAIBA MAIS: Yahoo notícias

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Cerrado

O cerrado possui um clima quente o ano inteiro. A vegetação é variada, com campos abertos, campos com gramínias (tipos de capim), arbustos pequenas árvores retorcidas e florestas mais fechadas. A flora é representada por mais de 10 mil espécies. Os animais característicos da região são: jiboia, urubu-rei, ema, tucano, gavião, tamanduá-bandeira, lobo-guará, tatu, veado-campeiro e, ainda, muitas espécies de insetos, como borboletas, abelhas e vespas. Essa região teve sua vegetação original modificada com a contaminação dos rios, o desmatamento e a expansão da agricultura e pecuária.
SAIBA QUE: o veado campeiro e a onça-pintada são algumas das 473 espécies da  fauna brasileira ameaçadas de extinção, sendo que 269 são encontradas na Floresta Atlântica.
Tartarugas protegidas. As tartarugas marinhas estavam na lista das espécies ameaçadas de extinção. O Projeto Tamar evitou que isso acontecesse. Atuando em grande parte do litoral brasileiro, conta com centros de recuperação dos animais doentes, principalmente pela ingestão de lixo, sacos plásticos, pedaços de embalagens, lonas, linhas de pesca, entre outros objetos. Garrafa plástica leva aproximadamente 400 anos para se decompor no mar! o Projeto também faz criadouros de ovos, permitindo assim que mais filhotes cheguem ao mar, aumentando a população de tartarugas.
Saiba mais: O que é e o que faz a Rede ASO? 

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

History Channel - O Código de Vida de Leonardo da Vinci (Parte1de9)

O apocalipse de 2012 é uma “jogada de marketing”

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Crédito da imagem: DCL.
Desde que escrevi o primeiro artigo da série “O mundo não vai acabar em 2012" para o Universe Today em 2008, venho repetindo a mesma mensagem inúmeras vezes: os maias nunca previram o fim do mundo em 2012. E agora vou dizer mais uma vez, mas com o aval de outros especialistas: os maias nunca, JAMAIS, previram o fim do mundo em 2012.
Infelizmente, a ciência e a história têm sido distorcidas para satisfazer os apoiadores dessa falácia apocalíptica, e quando cientistas e arqueólogos intervêm para desacreditá-la, a culpa recai sobre algum tipo de conspiração global muito conveniente.
Afinal, de onde vem a ideia do apocalipse maia?
A contagem (mais) longa
A origem da multiplicidade de teorias sobre o “fim do mundo” em 21 de dezembro de 2012 é um calendário mesoamericano que previu o fim dos tempos. E um determinado calendário maia está no centro de todo esse alvoroço, já que, por um acaso numérico, ele “acabará” no ano que vem.
A civilização maia existiu de 250-900 d.C. e ocupava a atual área geográfica correspondente ao sul do México, Guatemala, Belize, El Salvador e parte de Honduras. Os arqueólogos que estudaram essa cultura fascinante conseguiram decifrar muitos de seus calendários, mas o que registra o período mais extenso – a “Contagem Longa” – foi o que disparou os alarmes.
A Contagem Longa foi criada pelos maias para que pudessem registrar a história e planejar eventos futuros (não muito diferente do calendário do seu iPhone).
Este calendário longo, constituído por um ciclo de 5.126 anos, era uma variação de outros calendários que os maias usavam na época. Alguns duravam menos de um ano (como o "Tzolk’in", que durava 260 dias), outros abrangiam décadas (como o "Calendário Circular”, que representa o ciclo de uma geração, por volta de 52 anos). Com notável engenhosidade, os maias criaram então o calendário de Contagem Longa, cuja base era numérica, similar a um antigo código binário.
SAIBA MAIS: DISCOVERY NOTÍCIAS

Tecnologia


Touch
Crédito: GizMag.
O que aconteceria se, ao tocar a tela do seu smartphone, tablet ou televisão, a tela também “tocasse” você?
A empresa de tecnologia tátil Senseg está desenvolvendo um sistema que faz exatamente isso, e recentemente, lançou o protótipo de um tablet que promete revolucionar a forma como interagimos com nossos dispositivos.
A Senseg chama o novo projeto de Feel Screen e garante que qualquer dispositivo de interface sensível ao toque pode produzir sensações táteis de alta fidelidade. Por exemplo, se você tiver uma imagem de uma lixa, poderás sentir a lixa quando tocar na tela.
Isso é possível porque os dispositivos Feel Screens incorpora um sistema baseado em um campo eletrostático, que produz níveis variáveis de atrito em diferentes partes da tela. Esse sistema utiliza uma corrente elétrica muito baixa que cria uma força de atração da tela para o dedo. A força pode ser modulada para gerar uma variedade de superfícies texturizadas, elevações, contornos e vibrações.
O segredo da Senseg é a tecnologia Tixel, um revestimento superfino que recobre a tela e transmite estímulos elétricos vibratórios. A empresa afirma que a Tixel pode ser adaptada a qualquer dispositivo e aplicada em quase todas as superfícies, planas ou curvas, duras ou moles.
Diferentemente das tecnologias táteis usadas nos joysticks de videogames, a Feel Screen não tem partes móveis, é totalmente silenciosa e oferece resposta imediata.
No momento, o sistema ainda está nos estágios iniciais de desenvolvimento, mas fique de olho: esta tecnologia estará chegando a uma tela perto de você no ano que vem. Enquanto isso, confira o vídeo da Cnet com o protótipo em ação.
[Fonte: GizMag]

domingo, 18 de dezembro de 2011

Cultura Afro-brasileira Recontar a história, valorizar a diversidade


Jornal Mundo Jovem - Novembro 2011
TICs: liberdade para a criatividade e a colaboração
O que faz com que a vida valha a pena?
Símbolo sexual: a beleza é algo relativo?
O Natal celebrado nas relações de apoio e solidariedade
A chegada dos negros ao Brasil deu-se no cenário cruel da escravidão. Mesmo assim, podemos dizer que a presença negra trouxe cor e alegria para a cultura brasileira. Nos últimos anos, através da ação do movimento negro e de conquistas na legislação, verificamos cada vez mais uma presença positiva dessa cultura no Brasil. É o que nos conta Isabel Aparecida dos Santos Mayer, Bel Santos, especialista em Pedagogia Social pela Universidade Salesiana de Roma. Ela atua no Instituto Brasileiro de Estudos e Apoio Comunitário (Ibeac), onde realiza formações para educadores incluírem na educação a história e a cultura da África e dos afro-brasileiros, conforme a Lei 10.639/03
Isabel Aparecida dos Santos Mayer (Bel Santos),
especialista em Pedagogia Social pela Universidade Salesiana de Roma.
Atua no Instituto Brasileiro de Estudos e Apoio Comunitário (Ibeac),
onde realiza formações para educadores.
Endereço eletrônico:
belsantos@uol.com.br

Escala Geológica de Tempo


Escala Geológica de Tempo(com conversão para 24 horas)
Eras
Períodos
I n í c i o
Duração
(horas)
  em anos
24 Horas
Cenozóica
Quaternário
1.800.000
23:59:25
0:00:35
Terciário
65.000.000
23:39:12
0:20:13
Mesozóica
Cretáceo
146.000.000
23:13:17
0:25:55
Jurássico
208.000.000
22:53:26
0:19:50
Triássico
245.000.000
22:41:36
0:11:50
Paleozóica
Permiano
286.000.000
22:28:29
0:13:07
Carbonífero
360.000.000
22:04:48
0:23:41
Devoniano
410.000.000
21:48:48
0:16:00
Siluriano
440.000.000
21:39:12
0:09:36
Ordoviciano
505.000.000
21:18:24
0:20:48
Cambriano
544.000.000
21:05:55
0:12:29
2.500.000.000
10:40:00
10:25:55
3.800.000.000
3:44:00
6:56:00
4.500.000.000
0:00:00
3:44:00
by Clóvis Ático Lima Filho

A Terra tem aproximadamente 4,5 bilhões de anos e durante todo esse tempo sofreu diversas transformações de amplitude global que deixaram marcas bastante definidas nas rochas que a compõem.
Identificando tais marcas, é possível hoje em dia dividir a  história da Terra em diversos períodos geológicos, distintos entre si, montando, assim, uma Escala Geológica de Tempo.
Nessa Escala representamos a passagem do tempo no sentido de baixo para cima, ficando na parte de baixo o representante mais velho. Esta, aliás, é a forma como as rochas normalmente se apresentam na natureza: a mais nova acima da mais velha.
Desta forma, na Escala à esquerda, a Era Arqueana é mais velha que a Proterozóica e é mais nova que a Hadeana.
Como é muito difícil raciocinar com intervalos de tempo da ordem de milhões de anos (veja a coluna 3), convertemos a nossa Escala Geológica em um período de apenas 24 horas (coluna 4)... na coluna 5 vemos a duração de cada período geológico na mesma escala de 24 horas.
Agora, vamos nos imaginar em uma máquina do tempo  que pode deslocar-se a uma absurda velocidade de 52.083 anos por segundo... dessa forma, a cada 19,2 segundos percorreremos um milhão de anos.
Iniciaremos, assim, a nossa viagem às 0:00 hs, quando a Terra foi formada (há 4,5 bilhões de anos), e vamos nos deslocar para o presente, de baixo para cima na Escala, até o fim do Quaternário, sabendo de antemão que levaremos exatas 24 horas nessa viagem virtual...

As primeiras 3:44 horas de nossa viagem serão, certamente, as mais monótonas de todas.
Veremos o planeta ser formada a partir de poeira e gás, resultando em uma massa disforme em ebulição - uma verdadeira visão do inferno (Hadeano), sendo bombardeada por uma incessante chuva de meteoros e cometas. Um importante evento, contudo, justificará a nossa espera, quando uma grande colisão com um planetóide errante arrancará milhões de pedaços do planeta. Parte desses destroços ficarão em sua órbita e acabarão por juntar-se, formando a nossa Lua.
Gradativamente o planeta perderá calor, permitindo que o vapor de água exalado dos vulcões e oriundos dos cometas forme as primeiras chuvas, de modo que por volta das 4:00 horas já veremos um imenso oceano cobrindo toda a Terra, ainda bastante quente (Arqueano)...
Fique atento agora, pois em algum momento entre as 5 e 6 horas da manhã, acontecerá um milagre: surgirão as primeiras formas de vida (as bactérias)... e que dominarão sozinhas o planeta até as 21:00 horas (fim do Proterozóico).
Até agora estivemos visitando o chamado Pré-Cambriano, que cobriu quase 90% da história da Terra (veja a Distribuição Percentual das Eras Geológicas).

A partir das 21:06 hs não poderemos nem piscar os olhos, pois tudo começará a acontecer de forma muito rápida. Entramos no Paleozóico (paleo  = antigo + zoico  = vida), que se estenderá até as 22:28 hs e que,  por ter sido tão rico em eventos, teve que ser dividido em 6 períodos bem distintos (veja a Escala à esquerda)...
A atividade vulcânica, no Paleozóico, está bem mais amena, alternando-se períodos de calmaria  com grandes explosões em todo o planeta.
Os primeiros peixes, esponjas, corais e moluscos surgirão ainda no Cambriano, mas teremos que esperar pelo menos 12 minutos (até o Ordoviciano) para vermos as primeiras plantas terrestres.
O clima irá mudar com tanta frequência que provocará sucessivas extinções em massa de espécies recém surgidas. Como agora as espécies passam a apresentar partes duras (conchas, dentes, etc.), algumas delas poderão ser preservadas como fósseis, possibilitando a sua descoberta e estudo por uma outra espécie ainda muito distante.
Finalmente os continentes serão invadidos por insetos... milhões e milhões de diferentes espécies de insetos, alguns dos quais sobreviverão até o fim da nossa viagem.
Fique atento ao período Devoniano (por volta das 21:50 hs) pois uma grande catástrofe ecológica irá dizimar quase 97% de todas as espécies existentes. Passados mais 10 minutos, no Carbonífero, grandes florestas  e pântanos serão formadas e destruídos sucessivamente, formando os depósitos de carvão explorados até hoje.

Às 22:41 hs entraremos na Era Mesozóica (a era dos repteis) que durará pouco menos que uma hora (180 milhões de anos).
No início do Mesozóico iremos assistir à formação de um supercontinente, chamado hoje de Pangea, que será depois dividido em dois grandes continentes que passarão a ser conhecidos como Laurásia, ao norte, e Gonduana, ao sul.
Assistiremos, também, ao surgimento de uma imensa variedade de dinossauros, herbívoros em sua maioria, que  reinarão no planeta durante mais de 160 milhões de anos.
Por volta das 23:39 hs, porém, um meteoro de pelo menos 15 km de diâmetro irá atingir a atual península de Yukatan (México) jogando bilhões de toneladas de poeira na atmosfera. Uma grande noite irá abater-se sobre o planeta, impedindo a fotossíntese das plantas, que não poderão alimentar os herbívoros, que por sua vez não poderão servir de alimento aos carnívoros...
Pelo menos a metade das espécies existentes irá ser extinta nessa grande catástrofe, inclusive todos os grandes dinossauros, abrindo espaço para que os mamíferos iniciem o seu reinado, que perdurará até os dias atuais...

Faltando pouco mais que 20 minutos para o fim da nossa viagem entraremos na Era Cenozóica, e assistiremos à fragmentação dos grandes continentes até a conformação atual.
A América do Sul irá separar-se da África, surgindo o Oceano Atlântico Sul; a Austrália será separada da Antártica e a América do Norte irá separar-se da Europa. Grandes cadeias de montanhas serão formadas nessa deriva continental e novos ecossistemas serão formados e isolados dos demais, permitindo a especialização de algumas espécies...
Por volta das 23:59:57 (150.000 anos atrás),  faltando apenas 3 segundos para o término de nossa exaustiva viagem, veremos os primeiros grupos de Homo Sapiens  caçando no continente africano. Essa nova espécie sobreviverá à última glaciação e migrará apressadamente para os demais continentes, sem se incomodar com as características particulares de cada ambiente nem com o delicado equilíbrio conseguido ao longo do tempo.
Dominará todas as outras espécies e até mesmo provocará o desaparecimento de algumas delas, e começará a usar a escrita e, portanto, a fazer História, no último décimo do último segundo...
Se for possível desacelerar a nossa máquina do tempo   nesse décimo de segundo final, talvez até consigamos ver o mais jovem dos mamíferos criar artefatos capazes de destruir tudo e, milagrosamente, lançar-se em direção ao espaço para deixar as suas primeiras pegadas na Lua...


Escala de tempo geológico representa a linha do tempo desde o presente até a formação da Terra, dividida em éons, eras, períodos, épocas e idades, que se baseiam nos grandes eventos geológicos da história do planeta. Embora devesse servir de marco cronológico absoluto à Geologia, não há concordância entre cientistas quanto aos nomes e limites de suas divisões. A versão aqui apresentada baseia-se na edição de 2004 do Quadro Estratigráfico Internacional [1] da Comissão Internacional sobre Estratigrafia [2] da União Internacional de Ciências Geológicas.[3]

Dinossauros Bizarros

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Fóssil de dinossauro do período triássico é encontrado no RS

Um fóssil do dicinodonte jachaleria candelariensis, dinossauro herbívoro que teria vivido há 220 milhões de anos, foi encontrado na cidade de Candelária, a 198km de Porto Alegre. A descoberta é a mais recente do Brasil dentro do período triássico. Segundo pesquisadores, trata-se da parte superior da mandíbula do animal.
O pesquisador Belermino Steffanelo, voluntário do Museu Aristides Carlos Rodrigues, encontrou o fóssil durante escavação nas margens da RSC 287, nas proximidades do Cerro do Botucaraí. O local é considerado um dos mais difíceis de serem explorados da cidade.
“Fomos fazer outro trabalho no local e acabamos encontrando o fóssil. Vamos regularmente até as localidades de afloramento, pois, com as chuvas e demais ações do tempo, acabamos sempre encontrando algo”, conta Steffanello.
O material foi encaminhado para o professor da UFRGS Cezar Schultz, especialista no assunto. O pesquisador destaca a importância da descoberta. “Esse material é correspondente ao período de tempo em que surgiu o grupo dos dinossauros. Há uma grande chance haver em Candelária um testemunho dos primeiros dinossauros que andaram sobre a terra”, afirma.
Descobertas de fósseis já fazem parte da rotina de Candelária. A cidade é localizada na faixa entre os municípios de Bom Retiro do Sul e Mata. A região é a única do país na qual já foram encontrados fósseis do período triássico.
No final de outubro, também foram encontrados fósseis pertencentes a um rincossauro. A descoberta aconteceu na RS 153, no município de Vale do Sol.

Telescópio faz imagem detalhada de uma das galáxias mais brilhantes

Galáxia do Escultor pode ser vista até de binóculo.
Imagem foi feita por telescópio terrestre, no Chile.
Os astrônomos do Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês) divulgaram nesta sexta-feira (16) aquela que pode ser a imagem mais detalhada já feita da galáxia do Escultor (também chamada de galáxia da Moeda de Prata), a 11,5 milhões de anos-luz da Terra.
Conhecida entre os cientistas pelo nome técnico NGC 253, ela é a uma das galáxias mais brilhantes do céu – atrás da gigante galáxia de Andrômeda, vizinha da nossa Via Láctea. Tão luminosa que pode ser vista de binóculo.
A imagem foi feita durante os testes com o telescópio terrestre VST, de 2,6 metros de diâmetro, o mais recente do observatório localizado no Chile. Com ela, os pesquisadores conseguem analisar a formação de novas estrelas nos braços em espiral. Ao fundo, é possível ver galáxias mais distantes.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Após plebiscito no Pará, propostas para criação de novos Estados ainda tramitam no Congresso

A criação de novos Estados no país não acaba com a decisão da população paraense que, por meio de plebiscito, rejeitou a divisão do Pará, o Congresso Nacional ainda tem vários projetos com esse objetivo. Só na Câmara dos Deputados, existem 14 proposições para a criação de novos Estados ou territórios. No Senado, cinco projetos tratam do assunto, sendo todos coincidentes com propostas que estão na Câmara, em tramitação ou arquivadas, mas com recurso de desarquivamento na mesa diretora.

A maior parte trata da divisão de quatro estados. No Amazonas, um projeto do Senado e um da Câmara propõem a criação de três territórios federais: do Rio Negro, de Juruá e do Alto Solimões. Existe também o que prevê o Estado do Solimões.

Em Mato Grosso, existem propostas para a criação do Estado do Araguaia e de Mato Grosso do Norte. No Maranhão, a ideia é ter o Maranhão do Sul. No Piauí, uma proposta na Câmara e outra no Senado pedem a criação do Estado da Gurgueia e, no Amapá, a proposta é para criar o território federal do Oiapoque. Também tramita a criação do Estado do Rio São Francisco, que incluiria 34 municípios baianos. Proposta apresentada este ano pelo deputado Oziel Oliveira (PDT-BA).

A Constituição prevê que os Estados só podem ser divididos ou unidos na formação de um novo território se a população diretamente envolvida concordar com a proposta. Por isso, assim como ocorreu no Pará, qualquer projeto de decreto legislativo mesmo aprovado pelo Congresso, um plebiscito terá que ser convocado para ouvir a população do estado envolvido.

domingo, 11 de dezembro de 2011

Usina Belo Monte é mais barata e menos poluente, diz estudo.

A Usina Hidrelétrica de Belo Monte, que está sendo construída no Rio Xingu (PA), vai trazer menos impactos ambientais do que a utilização de alternativas com energias fósseis, e os custos serão menores do que outras fontes renováveis. A conclusão é do estudo Análise comparativa entre Belo Monte e empreendimentos alternativos: impactos ambientais e competitividade econômica, elaborado pelo Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).




Na análise, os professores Nivalde José de Castro, André Luis da Silva Leite e Guilherme Dantas avaliam quais seriam as fontes alternativas à Belo Monte para o atendimento da demanda crescente por energia e os impactos ambientais dessas fontes. Segundo eles, caso Belo Monte não viesse a ser construída, seria necessária a implementação de fontes alternativas que suprissem esta demanda, e elas teriam impactos ambientais maiores. Além disso, poderiam não ter consistência suficiente, em termos de segurança energética, para atender o crescimento da demanda por energia elétrica projetada para os próximos anos no Brasil.



"Belo Monte é uma obra eficiente, que tem que ser feita. O Brasil precisa de energia e qualquer nova unidade geradora de energia causa impacto ambiental", disse Castro à Agência Brasil. "Temos que analisar o custo-benefício em relação às outras fontes de energia. Nesse estudo fica claro que a hidrelétrica é a que apresenta o melhor custo-benefício", completou.



Os estudiosos apontam que o Brasil tem um grande potencial de fontes alternativas e renováveis de energia elétrica: eólica, biomassa e solar, mas a prioridade a essas fontes implicaria em perda de competitividade da economia brasileira, em função do diferencial de custos em relação à hidreletricidade. Também poderia haver problemas de garantia e segurança de suprimento em razão da sazonalidade e da intermitência dessas fontes alternativas.



"Desta forma, em um cenário em que não fosse construída a usina de Belo Monte, a construção de usinas termoelétricas seria obrigatória de forma a manter o equilíbrio e segurança entre a carga e a oferta de energia. A questão que se coloca é quais seriam os impactos ambientais das alternativas fósseis e a comparação dos mesmos com os impactos ambientais de Belo Monte", avalia o estudo.



A análise aponta também que os custos de mitigação dos impactos socioambientais da usina de Belo Monte são de cerca de R$ 3,3 bilhões, o que é inferior ao custo ambiental que uma térmica a gás natural ocasionaria, que seria de mais de R$ 24 bilhões. "Ou seja, a opção térmica possui um impacto ambiental quase oito vezes maior que o custo de mitigação ambiental de Belo Monte", resume.



Belo Monte é uma das principais obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e deve ser concluída até 2015. Com potência instalada de 11,2 mil megawatts, será a maior hidrelétrica totalmente brasileira (Itaipu, que tem 14 mil megawatts de potência, é binacional) e a terceira maior do mundo.

sábado, 10 de dezembro de 2011

Por um mar sem fim- Greenpeace

Dados do governo federal apontam que 80% das espécies marinhas exploradas pela atividade pesqueira encontram-se em algum nível de risco. Para evitar que esses níveis se agravem, é preciso desenvolver uma política nacional de conservação dos nossos mares que inclua a criação e implementação de Áreas Marinhas Protegidas e uma maior governança pesqueira, visando o fim da pesca ilegal e predatória.
 
Peixe Pomacanthus arcuatus, na região de Abrolhos. © Greenpeace / Alcides Falange
O Brasil tem uma longa história de ligação com o mar. É na costa que se concentra a maior parte da nossa população e são nas praias que essa massa de pessoas se diverte nos fins de semana de sol. O que poucos imaginam é que este lazer está ameaçado. Mas quem precisa do mar para sobreviver – como os pescadores que capturam peixes cada vez menores – ou os cientistas que estudam a qualidade da água no nosso litoral, sabe muito bem que a ameaça é real.
Em 2007, o Greenpeace realizou uma pesquisa com mais de 40 especialistas, entre membros do governo, representantes de ONGs e pesquisadores acadêmicos. Todos foram unânimes em dizer que nossas águas estão se afogando em problemas por conta da gestão desordenada, da insuficiência de áreas protegidas capazes de repor nossos estoques pesqueiros e da vulnerabilidade dos oceanos às mudanças climáticas.
Esse estudo serviu de base para a criação da Campanha de Oceanos do Greenpeace, que tem com o objetivo primordial a criação de Áreas Protegidas em 30% da extensão da zona marítima sob jurisdição brasileira e conscientizar as pessoas sobre a relevância da conservação marinha.

Postagem em destaque

BRASIL: CRISE HÍDRICA E ENERGÉTICA

A 6ª edição da Greenbuilding Brasil – Conferência Internacional e Expo – trará especialistas nacionais e internacionais para falarem de tem...